sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Lars Von Trier

ANTICHRIST
último filme de Lars von Trier

Comecemos com três palavras: polémico, polémico e polémico.
“Anti-Cristo”, o último filme do dinamarquês Lars von Trier, continua a fazer estragos por onde passa, depois de ter enfurecido muitos críticos (e críticas) no Festival de Cannes – alguns dos espectadores abandonaram a sala a meio do visionamento e houve até quem desmaiasse.

O filme inclui cenas de grande violência, incluindo de auto-mutilação genital feminina, e tem levado a um debate aceso sobre o propósito de imagens tão extremas. O génio de Lars von Trier parece inquestionável, mas o realizador não se livra de perguntas mais agressivas. Trier tem explicado que fez o filme no meio de uma depressão e que este é provavelmente o seu trabalho mais pessoal.
O certo é que “Anti-Cristo” não é fácil de ver. Charlotte Gainsbourg, a protagonista e vencedora do prémio de interpretação em Cannes, reconhece que não gostou de ver a cena de mutilação genital. E assume o elevado nível de exposição a que se teve de sujeitar para trabalhar com von Trier. “Não quero fazer coisas óbvias e aborrecidas. Sim, foi muito sofrido e muito difícil, mas nunca vivi algo tão forte”, disse ao jornal inglês “The Times”. “Foi a experiência mais intensa que já tive.”



As mulheres têm sido provavelmente as maiores críticas do filme. “Lars von Trier, já percebemos. Não gosta mesmo nada, nada de mulheres” era o título de uma das crónicas saídas de Cannes. Amy Raphael, do jornal “The Guardian”, escreve: “Björk ganhou o prémio em Cannes com ‘Dancer in the Dark’, mas corre o rumor de que se sentia tão frustrada durante as filmagens que quase ia comendo o próprio casaco. Durante as três horas de ‘Dogville’, Nicole Kidman é agredida, amarrada e violada. E a pobre Emily Watson foi tornando-se gradualmente numa prostituta brutalizada em ‘Ondas de Paixão’. Conseguem ver um padrão aqui?”
O filme chega às salas portuguesas a 22 de Outubro.

Texto original
aqui




A propósito de “Anti-Cristo”, o site do “The Telegraph” publicou uma lista dos dez filmes mais polémicos de sempre.

A Clockwork Orange (UK, 1971)
Last House on the Left (1972)
Last Tango In Paris (1972)
The Exorcist (USA, 1973)
Salo /The 120 days of Sodom (Italy, 1975)
I spit on your grave/ Day of the Woman (US, 1978)
Life of Brian (Britian, 1979)
Kids (US, 1995)
Baise-moi (France, 2000)
Antichrist (Denmark, 2009)


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